Quando uma equipa vence um campeonato secundário, como é o português, é muito comum aparecerem clubes de campeonatos mais competitivos e/ou com outros argumentos financeiros para levarem os jogadores que mais contribuíram para essa conquista. Aparentemente, o FC Porto é a excepção. Neste momento apenas Alex Telles parece ter equipas verdadeiramente interessadas em contar com ele para a época 2020/2021 e a SAD, com a UEFA (mas não só) à perna, optou por transferir, com a "ajuda" de Jorge Mendes, Fábio Silva e Vitinha para o Wolves e começar assim a tapar o buraco gigante que ela própria foi abrindo nas finanças do clube.
Dito isto, há uma questão que não me sai da cabeça: Qual será o motivo para ninguém querer os jogadores da equipa base de Sérgio Conceição?
E aqui é que entram as teorias, sendo que a minha é bem simples: O futebol praticado pelo FC Porto é sofrível. A equipa faz da capacidade de trabalho o seu cartão de visita e negligência em grande escala a parte estética do jogo. Obviamente que haverá muita gente a quem este estilo de jogo agrada, não fossem os gostos subjectivos, mas assumo que a maioria concordará comigo em relação à pobreza do futebol portista.
Tentar encontrar um culpado para esta situação é outro exercício difícil. Será que é Sérgio Conceição a limitar a liberdade em campo aos jogadores a ponto destes parecerem não saber fazer nada fora da matriz? Serão os jogadores tão limitados a ponto de o treinador se ver forçado a abordar os jogos com o máximo de rigidez possível? Se sim, quem é o responsável pela contratação de atletas que não oferecem as garantias a que o FC Porto nos habituou no passado? O treinador? O Presidente? Os empresários?
Certo só mesmo o seguinte: Em tempo de pandemia mundial e de crise financeira no clube, a única saída para manter o clube em funcionamento tem sido vendendo os miúdos que vão saindo da formação. Por cada um que sai chegam mais uns quantos de qualidade duvidosa para ocuparem as vagas deixadas. E enquanto assim for o buraco nunca mais terá fim.